Nova CG 150 Titan Mix - A Bicombustível
A liberdade, uma das características inerentes à motocicleta e que sempre agradou seus usuários, alcançou seu mais alto grau com a chegada da CG 150 Titan Mix. Agora, além de visualizar o horizonte sem fim à sua frente e poder ir e vir com agilidade, o motociclista pode escolher qual combustível – gasolina ou álcool – dará vida à sua motocicleta, de acordo com suas necessidades e expectativas.
A CG 150 Titan Mix apresenta ao mercado um novo e inédito conceito de mistura de combustíveis para motocicletas. É a primeira no mundo produzida em série que utiliza tanto o álcool quanto a gasolina como combustíveis e foi considerada projeto de destaque pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Honda no Japão. Desenvolvida pelos engenheiros da Honda especificamente para o público brasileiro, a tecnologia pioneira é totalmente adequada às características da já conhecida e conceituada CG 150 Titan.
Original de fábrica, o sistema Mix possui componentes exclusivos e dispensa qualquer tipo de adaptação, permitindo o uso da gasolina, do álcool ou da mistura álcool/gasolina. Como ressalva, vale destacar que, em condições de temperatura ambiente abaixo dos 15ºC, o tanque deve conter um mínimo de 20% de gasolina para que se garanta a partida a frio.
A nova motocicleta chega para atender aos anseios dos consumidores, que têm demonstrado grande interesse por veículos movidos tanto a álcool quanto a gasolina. De acordo com pesquisas realizadas pela Honda com proprietários da CG 150 Titan, a maioria dos entrevistados compraria uma motocicleta bicombustível. Entre as vantagens citadas pelos usuários, as principais são a possibilidade de escolha do combustível e a economia de dinheiro.
Economia, desempenho e responsabilidade ambiental
Além de atender às expectativas dos consumidores, proporcionando-lhes liberdade de escolha, o desenvolvimento da CG 150 Titan Mix acompanha a estratégia mundial da Honda voltada para a preservação do meio ambiente, com a criação de novas tecnologias ecologicamente responsáveis. Quando comparado à gasolina, o álcool tem a vantagem de ser uma fonte de energia renovável. Além disso, polui menos que os combustíveis fósseis e não possui enxofre em sua composição – tornando sua combustão mais limpa.
Quando abastecida com álcool, a CG 150 Titan Mix emite menos gases poluentes se comparada ao uso da gasolina. Vale lembrar que, nas duas situações, atende-se com folga aos limites de emissões estabelecidos pela terceira fase do Promot (Programa de Controle de Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares).
Com relação ao desempenho, a utilização da gasolina permite um funcionamento mais linear e progressivo do motor. Já o álcool favorece um comportamento mais vigoroso e ligeiramente mais potente. Enquanto a motocicleta desenvolve 1,32 kgf.m de torque a 6.500 RPM e 14,2 cv de potência a 8.500 RPM quando abastecida com gasolina, estes valores sobem para 1,45 kgf.m e 14,3 cv, respectivamente, quando utilizado o álcool.
No momento de abastecer a motocicleta, o usuário deve avaliar suas necessidades e prioridades para poder escolher o combustível que melhor se encaixe à sua realidade. Em suma, o álcool é mais indicado para aqueles que buscam economia, desejam fazer sua parte quanto à preservação do meio ambiente e para o motociclista que busca melhor desempenho da motocicleta. Por outro lado, se o consumidor deseja autonomia para percorrer distâncias mais longas, deve optar pela gasolina, uma vez que o menor poder calorífico do álcool quando comparado à gasolina implica em um maior consumo para gerar a mesma queima. Caso o objetivo seja rodar por mais quilômetros gastando menos dinheiro, devem-se analisar os preços praticados à época na região.
Por que o nome "Mix"?
Esta versão da CG 150 Titan foi denominada "Mix". Isto porque, em situações de temperatura ambiente abaixo dos 15oC, recomenda-se que o próprio tanque contenha um mínimo de 20% de gasolina para que se garanta a partida a frio.
Tanto nas motocicletas movidas a álcool disponíveis no mercado no início da década de 80 quanto nos automóveis flex comercializados atualmente, a presença de um reservatório de gasolina é que permite a partida a frio em qualquer situação de temperatura ambiente – o que os torna totalmente flexíveis quanto à utilização dos combustíveis.
No entanto, durante o desenvolvimento da CG 150 Titan Mix, optou-se por não incluir esse sistema – também conhecido como subtanque. Assim, a Honda obteve um conjunto mais leve e compacto, que não interfere na dinâmica da motocicleta. Além disso, contribui com a segurança do motociclista, uma vez que este subtanque ficaria exposto a eventuais impactos.
Como funciona
O sistema Mix é coordenado por um ECM (Engine Control Module) exclusivo, interligado a sensores que monitoram o desempenho do motor e transmitem informações sobre a mistura que está sendo utilizada. De acordo com os dados fornecidos por estes sensores, o ECM escolhe um dos seguintes programas de funcionamento:
Programa 1: Tanque abastecido com gasolina
Programa 2: Tanque contendo gasolina e álcool na mesma proporção
Programa 3: Tanque contendo maior quantidade de álcool
Programa 4: Tanque abastecido apenas com álcool
O sensor de oxigênio, localizado logo na saída do motor, é o principal responsável pelo perfeito funcionamento do sistema Mix. Este faz a leitura dos gases queimados e passa a informação ao ECM. Se o resultado da combustão for uma mistura mais pobre, significa que o combustível utilizado é a gasolina. Assim, ativa-se o Programa 1. Por outro lado, se a mistura for mais rica – o que indica a utilização de álcool – ativa-se o Programa 4. Caso a mistura for intermediária, ativam-se os Programas 2 ou 3, de acordo com a situação.
Com base no mapa de funcionamento escolhido, o ECM transmite as informações ao bico injetor, que fornecerá a quantidade adequada de combustível para a queima, levando-se em conta a mistura que está sendo utilizada, e acertará o ponto de ignição – adiantando-o no caso do álcool e atrasando-o no caso da gasolina.
Para adequar a CG 150 Titan Mix à utilização do álcool, algumas alterações técnicas foram necessárias. O bocal interno do tanque agora possui tela antichamas, para evitar a propagação de fogo de fora para dentro do tanque. O bico injetor, exclusivo, permite maior vazão, enquanto o filtro de combustível secundário possui maior capacidade de retenção de sujeiras e evita o entupimento precoce da bomba. O gerador foi adequado para atender ao maior esforço provocado pela partida a frio. O tratamento interno do tanque e o potenciômetro do marcador de combustível foram alterados para funcionamento com álcool. Por fim, a bomba de combustível ganhou um tratamento interno para suportar o uso do álcool.
Vale ressaltar que, para garantir a partida a frio em ambientes com temperatura abaixo de 15oC, é preciso que o tanque contenha um mínimo de 20% de gasolina. Isto porque, para que haja a combustão inicial, a mistura deve entrar de forma vaporizada na câmara de combustão. No entanto, devido ao baixo poder de vaporização do álcool, em temperaturas reduzidas a substância não consegue entrar de forma vaporizada na câmara. Nestes casos, a gasolina ajudará a realizar a primeira queima.
Com o objetivo de auxiliar o usuário quanto à partida a frio, a CG 150 Titan Mix possui um mecanismo de alerta por lâmpadas em seu painel de instrumentos. Há duas luzes: "MIX" e "ALC". Quando ambas estiverem apagadas, significa que a partida é possível em qualquer temperatura. Se a luz "MIX" estiver acesa, o usuário deve abastecer sua motocicleta com um mínimo de dois litros de gasolina. Caso a lâmpada "ALC" esteja acesa, é preciso adicionar pelo menos três litros de gasolina. Se, ao ligar a chave de ignição, a lâmpada "ALC" piscar, significa que a temperatura ambiente é baixa e que o teor de álcool no tanque é alto – o que pode dificultar a partida. Já em caso de pane seca, é necessário que o usuário abasteça a motocicleta com, no mínimo, 50% de gasolina para que o sistema volte a funcionar adequadamente o mais rápido possível.
Para tornar este procedimento ainda mais fácil para o usuário, há no tanque uma etiqueta explicativa e didática, que instrui quanto à quantidade de gasolina que deve ser adicionada ao tanque de acordo com cada situação.
Receita de sucesso
A CG 150 Titan Mix possui todos os atributos da CG 150 Titan a gasolina. Design, motorização, sistema de suspensões e freios foram mantidos.
Inspirada em motocicletas naked de maior cilindrada, como a Honda CB 600F Hornet, a CG 150 Titan Mix tem design moderno e ousado. A lateral e o motor formam um conjunto uniforme, os piscas são integrados tanto na dianteira quanto na traseira e o tanque robusto possui linhas harmoniosas e marcantes. Como novidade, a rabeta lateral traz a inscrição "Mix Fuel Injection", diferenciando o modelo de sua versão a gasolina.
Na CG 150 Titan Mix, o painel de instrumentos apresenta grafismo com fundo verde – remetendo ao tema da preservação ambiental. Além de velocímetro, luzes indicadoras de direção, farol alto e neutro, marcador de combustível, hodômetro total e parcial (este último apenas na versão ESD), luz de diagnóstico da injeção eletrônica, o modelo agora conta com as luzes "MIX" e "ALC" que fornecem informações sobre a partida a frio.
O chassi, leve, oferece rigidez às torções e agilidade em manobras urbanas. O tanque, com capacidade para armazenar 16,1 litros de combustível, proporciona conforto ao piloto, devido ao melhor encaixe de suaspernas durante a pilotagem.
O moderno e consagrado motor OHC (Over Head Camshaft), monocilíndrico, quatro tempos, de 149,2 cm3, arrefecido a ar, com comando de válvulas no cabeçote e balancim, ambos roletados, é alimentado por sistema de injeção eletrônica PGM-FI (Programmed Fuel Injection). O modelo traz ainda bateria selada, de maior vida útil e isenta de manutenção, garantindo ao usuário partidas mais rápidas e eficientes nas versões com partida elétrica (ES e ESD).
A suspensão dianteira, formada por braço telescópico, tem curso de 130mm. Na traseira, o braço oscilante possui curso de 101mm. O conjunto, combinado aos amortecedores com cinco posições de regulagem da tensão da mola, proporciona conforto, progressividade e estabilidade, mesmo em pisos irregulares.
Os pneus, do tipo 80/100 – 18M/C 47P na dianteira e 90/90 – 18M/C 57P na traseira, garantem aderência, segurança e conforto necessários para a pilotagem urbana do dia a dia. Na versão ESD, o pneu traseiro conta ainda com o sistema tuff-up. A tecnologia, desenvolvida e utilizada exclusivamente pela Honda, funciona da seguinte maneira: em caso de perfuração do pneu traseiro, um líquido especial selado à câmara de ar desloca-se rapidamente ao ponto danificado, vedando o orifício e retardando a redução da pressão interna. Assim, o motociclista ganha tempo para providenciar seu reparo.
Na dianteira, tambor com 130 mm de diâmetro garante frenagem eficiente para as versões KS e ES. Já a versão ESD dispõe de freio dianteiro a disco, com 240 mm de diâmetro, e cáliper de dois pistões. Na traseira, todas as versões contam com freio a tambor com 130 mm de diâmetro.
Outro item de segurança presente no modelo é o Sistema Honda de Proteção, composto por shutter-key (fechadura adicional acionada com chave sextavada e combinações magnéticas) e comb-lock (trava do guidão combinada à chave de ignição).
A CG 150 Titan Mix mantém a proposta inicial da linha CG, que é oferecer a melhor relação custo-benefício a seus usuários. Atende às expectativas de seu público, que busca um modelo versátil, prático, confiável e durável, com baixa e fácil manutenção, ideal tanto para uso na locomoção diária, no lazer e como ferramenta de trabalho.
Disponível nas cores preta, vermelha, prata metálica e azul metálica, a CG 150 Titan Mix chega às concessionárias de todo o Brasil em três versões: KS, com partida a pedal; ES, com partida elétrica; e ESD, com partida elétrica e freio dianteiro a disco com cáliper de dois pistões. Sua expectativa de venda para 2009 é de aproximadamente 164 mil unidades.
Seu preço público sugerido será de R$ 6.340,00 (KS), R$ 6.890,00 (ES) e R$ 7.290,00 (ESD). Estes valores têm como base o Estado de São Paulo e não incluem custos de frete e seguro. O modelo tem um ano de garantia, sem limite de quilometragem.
Ficha técnica:
Motor OHC, monocilíndrico, 4 tempos, arrefecido a ar
Cilindrada 149,2 cc
Potência Máxima 10,4 kW (14,2 cv) a 8.500 RPM (gasolina)10,5 kW (14,3 cv) a 8.500 RPM (álcool)
Torque Máximo 12,9 N.m (1,32 kgf.m) a 6.500 rpm (gasolina)14,2 N.m (1,45 kgf.m) a 6.500 RPM (álcool)
Diâmetro x Curso 57,3 X 57,84 mm
Sistema de Alimentação Injeção Eletrônica PGM-FI (Programmed Fuel Injection)
Relação de Compressão 9,5: 1
Ignição Eletrônica
Bateria 12 v – 4ah (versão KS)12 v – 5Ah (versões ES e ESD)
Farol 35/35W
Sistema de Partida Pedal (versão KS) Elétrica (versões ES e ESD)
Tanque de Combustível 16,1 litros
Óleo do Motor 1,2 litro
Transmissão cinco velocidades
Embreagem Multidisco em banho de óleo
Sistema de Lubrificação Forçada, por bomba trocoidal
Suspensão Dianteira Garfo telescópico com 130 mm de curso
Suspensão Traseira Braço oscilante com 101 mm de curso
Freio Dianteiro / Diâmetro A tambor com 130 mm de diâmetro (versões KS e ES)A disco com 240 mm de diâmetro e cáliper de dois pistões (versão ESD)
Freio Traseiro / Diâmetro A tambor com 130 mm de diâmetro (versões KS, ES e ESD)
Pneu Dianteiro 80/100-18M/C 47P
Pneu Traseiro 90/90-18M/C 57P
Chassi Diamond frame
Altura do Assento 792 mm
Distância Mínima do Solo 165 mm
Dimensões (C x L x A) 1.988 X 730 X 1.098 mm
Distância entre Eixos 1.315 mm
Peso Seco 116,5 kg (versão KS)117,5 kg (versão ES)120 kg (versão ESD)
Cores Azul metálica, vermelha, preta e prata metálica
Preço público sugerido R$ 6.340,00 (versão KS); R$ 6.890,00 (versão ES); R$ 7.290,00 (versão ESD)
Fonte: Honda