segunda-feira, julho 19, 2010

MAIS POESIA

O Beijo no Adro

Verdeja o campo e o gado pascendo
Faz me lembrar da infância afastada
Da broa de milho, canjica e coalhada
Cheiro de talco, meu irmão nascendo

O meu cavalgar na longa estrada
Vate na feira folheto vendendo
A casa amarela toda murada
Na minha fuga o muro vencendo

É gente que vai, é gente que vem
Com cores primárias eu pinto o quadro
E vou construindo a vida de aquém

Uma vez ou outra falha o esquadro
Porque desse hiato a mente é refém
Porém não esqueço o beijo no adro

Autor: Sander Lee

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