POBRE ERRANTE
No tinir de uma brisa a me soprar
Ergo o rosto e vejo a bruma que se encanta
Sinto ardente a nicotina na garganta
Passo horas no meu leito a suplicar
Já que tudo que imagino é suplicante
Já que olho sob os olhos e não prossigo
Bem que o mundo me deduz um pobre errante
Mais que errante, um terror, um desabrigo
Da caverna do meu corpo, o meu espaço
Doce e meigo, tão escuro a se esvair
Na chantagem do destino a se expandir
Estimula fortemente o meu cansaço...
Autor: Edinaldo Leal
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